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A edição 2023

Ella's

Em  1542 o frade dominicano Gaspar de Carvajal, integrante da expedição de Francisco de Orellana - o primeiro europeu a atravessar o continente sul-americano a partir da região situada a oeste dos Andes -, achou ter avistado na foz do Rio Nhamundá, na região do Baixo Amazonas, mulheres guerreiras montadas a cavalo que teriam atacado  os  europeus.  Quiçá, terá considerado o frade que se tratava da versão tropical das Amazonas da Grécia Antiga, uma mitológica nação de mulheres, referida por Heródoto como tendo existido no século V AC na região da Sarmácia. Advém do clérigo  dominicano a denominação do nosso estado, dado que o rio por onde os aventureiros europeus chegariam até o Atlântico passou a ficar conhecido como Rio das Amazonas. Em 1542 a equidade de gênero não pautava o cotidiano de europeus em busca do Eldorado. Volvido meio milênio, o assunto situa-se no cerne das discussões da contemporaneidade. Atento ao mundo em que se insere, o AMAZONAS GREEN JAZZ FESTIVAL, não poderia ficar alheio a uma questão relacionada com o papel do feminino no jazz. Efetivamente, o Ocidente, de uma forma geral, tem sido dominado pelo masculino. Não terá sido diferente na música. Porém, há que mencionar que na música popular, existiram autênticas “guerreiras” que fizeram história. CHIQUINHA GONZAGA tem papel de destaque na música brasileira, para nos atermos a uma pioneira que em plena Belle Époque teve a audácia de desafiar os cânones sociais da época e impor-se como musicista.

Não poderíamos nos esquecer da baterista e leader de sua própria big band, uma autêntica pioneira no campo brasileiro do jazz, LILIAN CARMONA. O número de mulheres que teve papel de destaque na música popular brasileira, revelou sobretudo cantoras. A musicologia está nos devendo estudos aprofundados sobre instrumentistas musicistas na área do gênero popular no Brasil. Nos EUA, a história do jazz aponta-nos nomes de musicistas e grupos que se tornaram referência para a história do gênero. Desde a década de 20, as mulheres passaram a desempenhar papel ativo no jazz.  A big band SWEET HEARTS OF RHYTHM, integrada exclusivamente por mulheres foi uma big band pioneira.  VIOLA SMITH uma baterista que integrou entre muitos outros grupos a ORQUESTRA DE FRANCES CARROLL & HER COQUETTES ganhando enorme projeção no cenário entre as décadas de 30 e 70. Arranjadoras e instrumentistas passaram a figurar com proeminência na cena jazzística, alcançando cada vez mais notoriedade. Mary Lou Williams, pianista, Marion McPartland, pianista e arranjadora,  Melba Liston, trombonista, Maria Schneider, arranjadora, Toshiko Akyioshi, arranjadora e pianista, são apenas alguns dos nomes que ilustram a história do jazz no feminino. O AMAZONAS GREEN JAZZ FESTIVAL presta homenagem às AMAZONAS DO JAZZ em 2023, convidando para o evento grupos formados ou liderados por mulheres, bem como formações mistas. REGINA CARTER,  ELIANE ELIAS, ELLEN ROWE, MELISSA ALDANA são apenas alguns dos nomes que aguardam por você no AMAZONAS GREEN JAZZ FESTIVAL 2023.

 

Rui Carvalho

Diretor Artístico Amazonas Green Jazz Festival
Regente Titular Amazonas Band

Quem faz

QUEM FAZ

AMAZONAS GREEN JAZZ FESTIVAL

INGRESSOS DISPONÍVEIS

Vendas presenciais no Teatro Amazonas

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